14.8.09

Luz e Escuridão.


"- O crepúsculo outra vez. - sussurrou. - Mais um final. Por mais perfeito que o dia seja, tem sempre que acabar.

- Nem tudo tem que acabar. - murmurei por entre dentes, imediatamente tensa.

- Eu estava com esperança de que tivesses mudado de ideias... De que, afinal, fosses transformar-me.

- Estás tão pronta para que chegue o fim - murmurou, quase para si mesmo. - pois isso será o crepúsculo da tua vida, ainda que esta mal tenha começado. Estás pronta a abdicar de tudo..."

Crepúsculo.



"O meu pesadelo, provavelmente, nem sequer assustaria mais ninguém. Não havia nada que aparecesse de repente e gritasse "Bu!". Não havia mortos-vivos, fantasmas nem psicopatas. Na verdade, não havia nada. Simplesmente nada. Apenas um labirinto interminável de árvores cobertas de musgo, tão tranquilo que o silêncio exercia uma impressão incómoda sobre os meus tímpanos. Estava escuro, como o entardecer de um dia nublado, com claridade suficiente apenas para ver que nada havia. Eu atravessava a penumbra a toda a velocidade, sem um caminho definido por onde seguir, sempre à procura... à procura... à procura, sentindo-me mais agitada à medida que o tempo passava e tentando deslocar-me mais rapidamente, ainda que a velocidade me tornasse desajeitada... Depois, a dada altura, no meu sonho - sentia-a chegar, apesar de nunca conseguir acordar antes de ela aparecer - não conseguia recordar-me do que procurava. Apercebia-me de que nada havia para procurar nem para encontrar, de nunca existira nada, a não ser aquele bosque vazio e desolador e de que nunca mais existiria nada para mim... nada senão o nada..."
Lua Nova.

Stephenie Meyer


2 comentários:

S* disse...

Ontem estive para comprar esse livro... é assim taoooo bom?

Inês Durão disse...

Já li todos muahahaha