24.1.10


"Estou como uma bola de sabão - frágil. Apetece-me voaaaaaar, sair daqui. Para bem longe. Quero ser criança, mais do que ter cara de menina. Quero sim, é verdade. Ser inocente, como sempre fui e como toda a gente me julga. Estou, simplesmente, à espera do meu amor verdadeiro. E ele? Será que vem? O chá arrefeceu. O chá, que preparo sempre pelas horas em que te espero. Eu sei que virás, e sei que as coisas acontecessem, e que os amores verdadeiros existem. E sei, somente por não serem vulgares e comuns. Ou talvez espere demais, e não passem de casos vulgares e comuns, como as pessoas. Cada vez mais vulgares e comuns. Como o amor, cada vez mais vulgar e comum. Já sem valor. Sem retrato perfeito.

De qualquer maneira, tenho tudo, tela e tintas, vou pintar-te meu amor.
Tu, desconhecido! Que virás, certamente."

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