18.6.10

Ela..


Ela vivia como se de uma história fizesse parte. Vivia de sonhos gigantescos.
Mas chegou o dia em que percebeu que gigantes eram mesmo só os sonhos e as pessoas pequeninas demais para os tornar realidade. Mas mesmo com esta lição ela não deixou de acreditar neles. Caiu diversas vezes, magoou-se, mas sempre aparecia algo que a fizesse levantar de novo. E assim se resumia, altos e baixos. Ela sempre acompanhou o ritmo destas ondas, por mais que custasse não baixava os braços. Sofreu mas também foi muito feliz. Mas não ao ponto de se sentir satisfeita. Ela tinha ânsia de felicidade, de equilíbrio, de paz e de tranquilidade. Vivia disso e para isso. Se o conseguia? Sim, mas logo desaparecia. Se ela desistia? Não, mas também caía. Vivia também dos outros e para os outros. A solidão não fazia parte dos seus planos e era algo que a amedrontava. Não gostava de estar sozinha. Mas também não conseguira até então encontrar alguém que a completasse. Ou talvez encontrara? Sim, encontrara, mas como tudo o resto, desaparecera. Ela encontrou alguém que a completava, que era esperto e engraçado, que era trabalhador e humilde, que não era de desistir nem de se deixar ir a baixo. Era forte, bondoso e preocupado. Mas como tudo o resto... muito disto também desaparecera... afinal não era só ela a ter quedas, a ligar-se demasiado aos outros e a magoar-se por tudo isso.
Afinal aquela união não era assim tão coesa, o mundo dele não era o mesmo do dela, nem as suas sintonias estavam sincronizadas na mesma frequência. Ela? Ajudou-o o mais que pôde... Agora? Não sabe o que fazer nem dizer. Só o quer bem. Mas isso é ele que tem de querer e esquecer o que o atormenta. Ela? Ela não o abandona, mas custa-lhe o facto de ele não puder ser mais feliz. Porque o podia ser. Disso, ela tem a certeza!


Adeus tristeza, até depois!

1 comentário:

Inês Durão disse...

Não estou a perceber porque usaste uma imagem minha sem permissão xDD