15.10.11

Quanto à proibição das praxes na UM..

Esta gente nem imagina o que perde. Tanto ou mais importante que estudar, é mesmo o criar relações, o evoluir como pessoa, o crescer fisica e psicologicamente. O tornarmo-nos gente! A praxe é isto. É o testar os nossos limites, é o ser paciente quando já quase não se aguenta, é o olhar pro lado e ver pessoas que nos marcarão pro resto da vida, é o sentimento de amizade, união, amor ao curso. Eu aprendi muito. Aprendi a ser mais eu, a ser mais forte, a ter mais calma sobre pressão, a respeitar os outros como a mim mesma. E ainda mais, ganhei uma família, criei ligações que sem a praxe nem sequer existiam, ganhei os melhores amigos do mundo, ganhei coragem, perdi timidez, ganhei auto-estima. E isso ninguém me vai tirar, apenas eu posso fazer isso por alguém, tal como os meus doutores fizeram por mim. Foi isso que incuti aos meus caloiros no ano passado e é por isso que sinto orgulho neles, é por isso que gosto deles como meus filhos, é por isso que os meus olhos brilham cada vez que os vejo a cantar por amor ao curso, por tudo aquilo que eu e os meus colegas e amigos lhes ensinámos e lhes mostramos. Tudo bem que por vezes custa, que é uma pressão enorme, que apetece mandar tudo pa um sitio que todos sabemos, mas e as recompensas? o que ganhas? o que fica? Eu quero lá saber se enchi 10, 20, 30 ou 1000? Não me importa. Porque o que fica vale todo esse esforço. A mim nunca me obrigaram a nada e se o fizessem certamente que diria um NÃO. Nós, enquanto caloiros temos um código de praxes, temos membros da hierarquia, que sendo eles superiores, nos podem ajudar e defender. A praxe não pode ser vista somente como algo negativo. E hoje digo: Não me arrependo de nada que tenha a ver com a praxe, foi das melhores coisas que tive na universidade. Tenho um orgulho imenso, um carinho imenso. Por todos aqueles que me praxaram, que me lixaram a cabeça, mas que me reconfortaram quando precisei, que me deram opiniões, ajudas extremamente necessárias. É por eles que sou muito do que sou hoje. E é por eles, por mim, pelos meus companheiros de praxe, pelos meus caloiros, que sou completamente a favor da praxe.
Orgulho-me de ter sido praxada!

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